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Desmistificando a Paralisia Cerebral

  • Foto do escritor: Dra Renata Mendonça
    Dra Renata Mendonça
  • 28 de ago.
  • 2 min de leitura

A paralisia cerebral é a causa mais comum de deficiência física na infância. Trata-se de um grupo de distúrbios permanentes que afetam movimento, postura e equilíbrio, resultantes de uma lesão ou anormalidade no cérebro ainda em desenvolvimento. Ao contrário do que muitos acreditam, a paralisia cerebral não é uma doença progressiva – ou seja, a lesão cerebral não piora com o tempo –, mas as manifestações clínicas podem mudar conforme a criança cresce.


A maioria dos casos está relacionada a eventos no período pré-natal ou perinatal, como prematuridade, infecções maternas, complicações no parto ou alterações do crescimento intrauterino. Em alguns casos a paralisia cerebral pode surgir após o nascimento, por exemplo, devido a infecções.


Quando Suspeitar de Paralisia Cerebral?


Os sinais podem variar, mas alguns marcos de alerta para pais, cuidadores e profissionais de saúde incluem:


  • Atrasos no desenvolvimento motor: a criança demora para sustentar a cabeça, sentar, engatinhar ou andar.

  • Alterações no tônus muscular: crianças com braços e/ou pernas muito duros

  • Assimetria nos movimentos: criança que movimenta um lado do corpo mais que o outro, mesmo nos primeiros meses de vida.

  • Dificuldades de coordenação e equilíbrio: quedas frequentes, marcha instável, dificuldade de correr.

  • Outros achados: epilepsia, dificuldades de fala, problemas visuais ou auditivos podem estar presentes em parte dos casos.


Com os avanços da medicina, já é possível suspeitar de PC de forma precoce, antes de 1 ano de idade, especialmente em crianças com fatores de risco como prematuridade extrema ou intercorrências neonatais.


O que Fazer na Suspeita?


Na presença desses sinais, é essencial procurar avaliação especializada o quanto antes. O diagnóstico precoce e o início imediato de terapias de reabilitação são determinantes para o potencial de desenvolvimento da criança.


É fundamental:

  • Avaliação médica especializada com neurologista infantil.

  • Início precoce da reabilitação individualizada, voltada para necessidades individuais de cada criança.


Quanto antes iniciar fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, maiores as chances de ganho funcional. Embora não exista cura para a paralisia cerebral, há muitas estratégias e terapias que podem favorecer o desenvolvimento, aumentar a autonomia e melhorar a qualidade de vida da criança, ajudando também na sua inclusão social.



Se você tem dúvidas sobre o desenvolvimento do seu filho, saiba que buscar ajuda é um ato de cuidado e amor. Converse com o pediatra ou procure um neuropediatra. O diagnóstico e a intervenção precoces fazem toda a diferença para que a criança possa crescer com mais oportunidades, apoio e qualidade de vida.


Criança sorridente em cadeira adaptada brincando com bolhas de sabão, representando alegria, inclusão e cuidado em neurologia infantil – Renata Mendonça, neurologista infantil.

 
 
 

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