Toxina Botulínica na Paralisia Cerebral: como ela pode ajudar meu filho?
- Dra Renata Mendonça
- 3 de out.
- 2 min de leitura
A paralisia cerebral (PC) é uma condição que afeta o movimento e a postura, causada por uma lesão no cérebro em fase de desenvolvimento. Um dos sintomas mais comuns é a espasticidade, ou seja, a rigidez excessiva dos músculos, que pode dificultar o andar, o sentar, o brincar e até mesmo atividades simples do dia a dia.
Entre os recursos disponíveis para o tratamento, a toxina botulínica tipo A (conhecida como “botox”) é uma das ferramentas que pode trazer benefícios importantes.
Por que a toxina botulínica é indicada?
A toxina botulínica ajuda a relaxar os músculos que estão muito contraídos, melhorando a mobilidade e diminuindo dores.
Isso pode fazer com que a criança consiga:
se movimentar com mais facilidade,
usar melhor as órteses,
ter menos desconforto,
e até evitar deformidades ósseas e articulares no futuro.
Quando ela pode ajudar?
A aplicação da toxina costuma pode ser indicada em casos de espasticidade localizada, ou seja, quando apenas alguns músculos atrapalham os movimentos, ou até mesmo em casos mais generalizados.
Alguns exemplos:
criança que anda sempre na ponta dos pés por causa da rigidez da panturrilha,
braços ou pernas muito duros que atrapalham a higiene e troca de roupas,
espasmos dolorosos que prejudicam a rotina.

É importante saber que a toxina não substitui a fisioterapia nem outras terapias, mas pode potencializar os resultados.
Como é feita a aplicação?
O médico aplica a toxina diretamente no músculo afetado. Geralmente o procedimento é feito em consultório ou hospital, e às vezes com ajuda de ultrassom para localizar melhor o músculo.
O efeito começa a aparecer depois de alguns dias e dura em média de 3 a 6 meses.
Depois da aplicação, a criança deve continuar com fisioterapia e outras terapias, que são essenciais para aproveitar ao máximo os benefícios.
E é seguro?
A toxina botulínica é segura e bem estudada para uso em crianças com paralisia cerebral. Quando usada no momento certo e junto com outras terapias, pode melhorar bastante o conforto, a mobilidade e a qualidade de vida.
Cada caso é único. Por isso, a decisão sobre aplicar ou não deve ser feita junto ao neuropediatra e à equipe de reabilitação, avaliando sempre as necessidades e objetivos de cada criança.




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